Não está fácil viver em um mundo onde guerras, conflitos, fome, desemprego e outras tragédias se tornaram parte do nosso dia a dia. Mas se as pessoas olhassem para o mundo de maneira diferente, esperando um momento de graça, de empatia ou de gratidão, feridas poderiam ser amenizadas.
Você pode ser um pequeno grão de areia promovendo algo positivo, certamente essa ação vai gerar que outro grão de areia a repita, e assim vai seguindo e o mundo começará a olhar de outra maneira para nós. Ter empatia, saber agradecer não faz de você um ser santificado, mas faz de você uma pessoa melhor.
Eu sigo essa filosofia do efeito dominó: “Eu estou bem, você está bem, logo, todos estão bem, de modo que o ambiente se torna harmônico e agradável...”
Que tal uma dose de Empatia e duas de gratidão?
“O homem é o problema da sociedade brasileira, sem salário, analfabeto, sem saúde, sem casa, portanto sem cidadania.” (Ulisses Guimarães)
O que dizer sobre uma educação em estado de decomposição? Esse é o triste quadro da nossa educação, em um estágio terminal. Mas não podemos deixar isso acontecer. A Educação no Brasil está na UTI. O professor que é o agente de mudança social, metaforicamente, “doa” seu próprio sangue, pois trabalha sem condições materiais em espaços físicos muitas vezes em precariedade, lida com os baixos salários e a desvalorização de sua classe profissional, mas não deixa de acreditar em dias melhores.
Quando comecei a estudar pedagogia, era leiga por completo no que se referia à educação no Brasil. Durante o curso tive oportunidade de buscar muito além do que era oferecido em sala de aula. Uma busca incessante começou, sentia que poderia fazer algo, mesmo que em pequena escala.
Essa busca resultou na Pedagogia das Cores, uma metodologia simples e de baixo custo que utiliza as cores da cromoterapia no ambiente escolar. Visando que a mídia, marketing, políticos e líderes religiosos já usufruíam desse benefício, estava na hora da escola deixar de ser preto e branco e utilizar o que o meio oferecia: As cores.
Ciente da dificuldade de trazer algo novo a uma educação tão tradicional, propus desmistificar o que alguns acreditavam ser esoterismo, deixando explícito que se tratava de exoterismo (conhecimento transmitido ao público sem restrição).
O que é a Pedagogia das Cores? É um estímulo que acontece de fora para dentro. Nesse momento o professor é o intermediário, cabe a ele e a escola promover esse estímulo através de cores certas em cada ambiente. Com o passar do tempo, esse educando irá adquirir uma mente sã. Quando digo mente sã, deixo claro que é uma mente que bloqueia estímulos externos indesejáveis e passa a pensar de dentro para fora, pois sabe lidar e explorar as cores a seu favor, filtrando as informações impostas. Uma pessoa com uma mente sã, não será estimulada por um restaurante sem ter fome, por mais que as cores desse local sejam atrativas. Não irá comprar o que não precisa, porque os estímulos são bloqueados. Hoje somos vítimas da falta de conhecimento e utilização das cores. Assim é o mundo, colorido e estimulante. Mas se ensinarmos nosso aluno desde a mais tenra idade a ter uma mente sã, trabalhando as cores de maneira positiva, mudaremos esse quadro. Utopia? Não! Em 2010, quando trouxe ao conhecimento público a Pedagogia das Cores foi o que mais ouvi. Hoje colho resultados positivos de professores, coordenadores, psicopedagogos e escolas que já utilizam as cores.
O que a Pedagogia das Cores pode trazer para a educação brasileira? O direito de sermos verdadeiros cidadãos, direito de pensarmos por nós mesmos, de dentro para fora. Direito de sabermos diferenciar o que nos serve e o que não precisamos. A Pedagogia das Cores trabalha diretamente com professores através de palestras e workshops promovendo a conscientização da utilização das cores em prol de um estímulo saudável na aprendizagem e um comportamento adequado ao local que esse indivíduo está inserido. O professor precisa adequar-se às novas propostas e dar continuidade em sua formação acadêmica. Ao participar de algum evento promovido pela Pedagogia das Cores, conhece o trabalho e passa a utilizá-lo em sua sala de aula. Através desses eventos a Pedagogia das Cores está conseguindo atingir o objetivo que é : Um professor motivado.
O que fazer quando o sangue ferve em suas veias por querer mudar o mundo?
Desde criança sonhava em mudar o mundo, queria viver em um mundo melhor, menos desigual. Quando comecei a cursar pedagogia sentia meu sangue ferver, com a mesma intensidade que quando era criança. O sangue borbulhava pedindo uma educação digna. Uma educação que visa uma real cidadania. Mas como mudar algo que se arrasta assim, por décadas e décadas? Meu conhecimento com cromoterapia mostrava resultados positivos no tratamento de crianças com déficit de aprendizado e no comportamento escolar. Sendo pedagoga e terapeuta, entendi o recado: Por que não utilizar as cores da cromoterapia no ambiente escolar? E assim, nascia a Pedagogia das Cores, uma metodologia que não altera o currículo escolar, apenas acrescenta cores no ambiente escolar, cores que estimulam o educando no aprendizado e comportamento. Em 2010 comecei um trabalho empírico. Em 2011 lancei o livro Manual da Pedagogia das Cores, pois precisava dividir isso com outros educadores. O trabalho de divulgação é árduo, mas compensador. Ver colegas utilizando as cores e obtendo resultados positivos é muito gratificante. A Pedagogia das Cores está caminhando como um bebê que acabou de aprender a andar, um passo de cada vez, mas com segurança. Acreditar na educação colorida é uma luz na escuridão que se formou em um mundo globalizado que cresce sem olhar para os lados. A Pedagogia das Cores estimula o educando de fora para dentro em um condicionamento intermediado pelo professor, que irá preparar esse indivíduo para que no futuro pense de dentro para fora, tornando-se um cidadão. Um cidadão real com mente sã. (Mente sã, aquela que bloqueia estímulos externos indesejáveis). No começo de meu trabalho enfrentei muitas barreiras, pois todos diziam tratar-se de uma utopia. Mas essas barreiras estão sendo vencidas, uma a uma. Como um atleta corredor de obstáculos, a pedagogia das cores vai passando um por um, sabemos que como novata o tempo não é o maior aliado, porém, ciente que a educação caminha em passos lentos, sabemos a importância de cruzar a linha de chegada.
O sábio já dizia: “Educação vem de berço.” Porém alguns pais ainda insistem em passar suas tarefas para o professor. A Educação Infantil sofre por equívocos de pais que não entendem sua seriedade. É comum ouvirmos mães comentarem que colocaram os filhos na Educação Infantil para que a criança pudesse ter amiguinhos com quem brincar. Mas essa “brincadeira” tem uma proposta, aqui falamos do lúdico e não de qualquer brincadeira. Cada atividade foi pensada e desenvolvida para um melhor desempenho da criança. A Educação Infantil não é o local onde a criança vai aprender amarrar o tênis, é muito mais que isso. Os valores de uma boa educação em casa devem seguir com a criança quando ela é inserida na escola, mas não é o que acontece. A criança chega sem noção de viver em grupo, sem saber dividir porque até aquele momento, tudo era dela. É uma tarefa árdua começar praticamente do zero e na maioria das vezes esse é o panorama que o professor encontra. Isto acontece tanto em escolas particulares como em escolas públicas.
É na Educação Infantil que os valores são fundamentados, portanto o professor de Educação Infantil não é um cuidador, é um construtor de valores. Entendendo a importância da Educação Infantil na vida escolar iniciante da criança, é que devemos saber o quanto a Pedagogia das Cores dever ser aplicada desde a mais tenra idade. O ambiente da escola de Educação Infantil é preparado em detalhes e é muito colorido. Isso é muito bom! Porém, as escolas devem aproveitar melhor essa disponibilidade de cores e utilizar a cor certa, em doses certas em cada ambiente. As cores são estímulos vibrantes, interagem conosco mesmo sem nossa permissão. O cérebro capta o estímulo e obedece. Quando uma escola utiliza os estímulos certos, acaba proporcionando à criança uma interação positiva com o meio em que ela está inserida. Criança que aprende a lidar com as cores desde cedo é mais equilibrada e centrada no que está sendo proposto. Quanto antes esse estímulo colorido fizer parte da vida da criança, melhor será seu desempenho na sua formação escolar e social. A Pedagogia das Cores propõe uma mente sã, a qual bloqueia estímulos indesejados. A criança no começo é condicionada aos estímulos porque está recebendo as cores de fora para dentro. Com o tempo irá desenvolver entendimento e o estímulo acontecerá de dentro para fora. Ou seja, ela filtra o que vem do externo aproveitando apenas o que realmente lhe interessa.
O uso da tesoura é uma maneira lúdica e espontânea da criança trabalhar a psicomotricidade fina e o fortalecimento dos músculos das mãos, os quais ganham resistência com os movimentos abre e fecha.
Quando manuseia a tesoura a criança:
- Desenvolve a coordenação motora
- Fortalece os músculos das mãos, que irão ter resistência na hora de desenhar/ pintar e futuramente no momento da escrita.
- Melhora a escrita, especialistas consideram a escrita um ato motor.
- Fica concentrada na atividade que está fazendo explorando sua percepção visomotora.
Ao longo das atividades a criança vai desenvolvendo a habilidade do corte, assim como o desenho tem suas fases (garatuja, pré-esquema et.), o corte também tem suas fases até chegar a perfeição ou quase. Deixamos disponíveis algumas folhas para você imprimir e aplicar a atividade na criança. As cores para os recortes foram pensadas para esse momento tão importante.
Utilizamos as cores azul, amarelo, laranja e verde. Por quê?
Azul: “estimula a calma, harmonia, paz interior e equilíbrio corpo e mente. O azul vai atuar na área pré-motora do cérebro. Cor que favorece os estudos.”(GELLES)
Amarelo: “estimula “querer” o que é oferecido, expandindo o campo mental facilitando o aprendizado, esta cor atua na área pré-frontal do cérebro. Fortes emoções e
ansiedade podem causar bloqueios de raciocínio, prejudicando o aprendizado, o estímulo da cor amarela no chacra frontal ajuda a eliminar esse bloqueio.
A cor amarela também interage no hipocampo, região do cérebro relacionada à memória e aprendizagem.” (GELLES)
Laranja: “atua no sulco central e córtex primário gerando estímulos de socialização e força de vontade para aprender.
Estimula a criatividade e interação com o meio.”(GELLES)
Verde: “está ligado aos estímulos no córtex pré-frontal. O verde é a cor que estimula a exatidão, boa memória e firmeza de opinião.
Essa cor estimula o buscar mais do que está sendo oferecido, pois é a cor do crescimento e abundância.” (GELLES)
Esse momento vai ser muito mais prazeroso com as cores certas. Agora que você conhece quatro cores utilizadas na metodologia Pedagogia das Cores
aprenda aplicá-las com sabedoria em suas atividades.
Conheça mais sobre os estímulos das cores da cromoterapia na educação em nossos cursos.
“Ser ou não ser, eis a questão” (Shakespeare)
Pois é, se naquela época Shakespeare já estava em dúvida, imagine hoje? A dúvida surge em meio a pais e professores: O que fazer com esse pequeno ser, cheio de curiosidades? Realmente a cada dia que passa fica mais difícil trazer nossas crianças para o mundo real, pois o virtual dominou. Muitas vezes a criança acomoda-se na certeza de que sempre vai encontrar algo pronto, a mente começa a anular possibilidades de criação e realização. A leitura em computadores e tablets não substitui o lamber o dedo para folhar um livro, não substitui o cheiro que o livro tem, ora cheiro de novo, ora cheiro de velho envolvido na poeira e lembranças. Precisamos resgatar alguns prazeres, mais que isso, precisamos resgatar cérebros acomodados que não querem produzir. A criança na educação infantil ainda está pouco contaminada por toda a tecnologia que a cerca, dá tempo de salvá-la! Falo dessa maneira, pois é assim que vejo. Meus filhos eram estimulados frequentando bibliotecas, hoje os pais estimulam dando o celular para o bebê enquanto almoçam, ou levando um tablet para que a criança fique entretida. A tecnologia é necessária, mas a partir de que idade? O coelho Sabido ficou no esquecimento, o Club Pinguin é bacana, eu até recomendo, mas a criança precisa de doses de tecnologia, não de overdoses. É preciso voltar a reconstruir a criança, e na educação infantil podemos fazer isso. A leitura gera possibilidades infinitas, precisamos aproveitar essa fase em que a criança acredita no faz de contas e estimulá-la. Podemos associar a leitura ao teatro, aproveitando a criatividade original de cada criança, gerando possibilidades de reinventar o que foi lido. Nessa associação estaremos possibilitando a construção de mentes produtivas.
Trabalhamos com alguns casos de crianças autistas, e o mais interessante nessas experiências é a utilização das cores como forma de recarga funcional, na parte pedagógica com as cores laranja e azul, inserindo essas cores na rotina da criança. O laranja estimula a socialização, isso é como um antídoto contra o isolamento. Também estimula o bom senso, criatividade, comunicação e humor. O azul leva ao equilíbrio e momentos de calma, ajudando nos momentos de “sobrecarga sensorial” (assista o vídeo). As cores conseguem ultrapassar as barreiras da mente, levando um pouco de equilíbrio emocional ao autista. Aqui não falamos de cura, mas através das cores certas propomos bem estar e interação com o meio, de maneira saudável com doses diárias de cores.
O Autismo e as CoresTrabalhamos com alguns casos de crianças autistas, e o mais interessante nessas experiências é a...
Posted by Pedagogia das Cores on Terça, 17 de fevereiro de 2015